Os JASC sobreviverão, com ou sem os "grandes holofotes"

Foto: Fom Conradi / Fesporte

"Os JASC ainda existem?"

Existem, estão lá, firmes e fortes, com sua importância enorme para o esporte olímpico e não-olímpico (bocha, bolão e punhobol, sempre presentes) de Santa Catarina. Uma festa capaz de colocar 6 mil pessoas em um ginásio para ver futsal feminino. Capaz de unir gerações que iniciam sua carreira na piscina do Caça e Tiro, ou que jogam sua enésima final do bolão na cancha que fica a alguns metros dali.

Ah, a grande mídia não vai. Não foi mesmo, mas teve gente que esteve lá trabalhando duro do pontapé inicial do dia até o último segundo da derradeira partida. Gente que tirou férias do emprego, pagou hotel do bolso e trouxe todos os detalhes com perfeição. Mesmo com as dificuldades de informação da organização, atrasada em era da plena tecnologia, o pessoal se virou. Esses mereciam ser homenageados, e não aqueles que nunca aparecem pra cobrir o evento, não dão uma linha sobre o que acontece e todo ano repete a historinha sem graça do "RodoJasc". E sabe porque a "grande mídia" não foi? Porque os governos do Estado e de Lages resolveram não pagar o que pediram. Simples assim.

Isso atrapalhou? Nada! A estrutura de internet providenciada permitiu que vários profissionais competentes distribuíssem conteúdo de qualidade para todos. Eu mesmo, que não fui preparado para transmissão pela Web, fiz Live das finais do basquete e do vôlei depois que a Fesporte resolveu não transmitir através da sua estrutura montada para o Facebook (com narradores engraçadinhos que ficaram devendo muito em informação mas, que mesmo assim, mandaram suas imagens). Acordei cedo, comprei um tripé, uma extensão, e serviço feito. Assim muita gente fez. Ano que vem desenvolverei com muito mais força a transmissão desses jogos pela Web, e acredito que os companheiros que lá estiveram farão o mesmo. Os JASC não morrerão. A tecnologia é nossa aliada.

Ano que vem os Jogos terão uma nova realidade, com a lei aprovada e sancionada pelo Governador que restringirá as contratações. Teremos mais gente daqui participando e as competições prometem ser mais atraentes. Itajaí não violou o regulamento, usou seu orçamento e levantou o título. Sob a nova regra, terá que se adaptar. Por outro lado, apareceram cidades com equipes que tem bons trabalhos de base ou times amadores de qualidade. Esse é o espírito dos Jogos. Talvez na Capital isso não apareça muito, afinal, Florianópolis terminou a competição em sexto lugar. Mas no interior a chama continua bem forte. Pode apostar.

E vamos que vamos, que ano que vem tem mais.


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