A nova Chape, que se tornou a velha Chape, chega a mais uma Libertadores

Sirli Freitas / ACF


Esse post falará de números e situações, não mais das enormes homenagens. Muita gente já falou cansativamente sobre o poder de recuperação de um time destruído pelo acidente na Colômbia. É uma mostra de que, sim, existe como você montar um time do zero e brigar lá em cima. É só acreditar e trabalhar muito. A brava Chapecoense mostrou que é possível, sem uma proteção do rebaixamento por três temporadas (sumariamente rejeitada semanas após o acidente).

A nova Chape demorou pra se tornar a velha Chape. Foi questionada em certo ponto do Estadual (um grande amigo meu da imprensa do Oeste me perguntou certo dia: "este time de 2 milhões de folha tem que render mais, é fraco"). Não muito depois, provou-se que não é bem assim. A nova diretoria demorou um pouco pra ter a mão da coisa. Errou ao demitir Mancini (não vou ser hipócrita a ponto de ir contra o que falei lá atrás), mas errou mais feio ainda ao contratar um Vinícius Eutrópio que pouco ou nada fez nos últimos tempos. Em Chapecó tinha até faixas dizendo "Fora Maninho". O divisor de águas atendeu pelo nome de Gilson Kleina. Ele acertou o time, que conseguiu alcançar o título simbólico de campeão do returno (e isso não é pouca coisa!). Some-se a isso o foco, engajamento e aquela cena tradicional do vestiário animado.

A nova Chape virou a velha Chape. Baixou o espírito de Condá. A diretoria achou o caminho. O time achou o rumo. Os novos guerreiros representaram os eternos com perfeição.

E assim a Chapecoense seguirá seu caminho depois de todo um ano marcante. Há uma base montada, um treinador que faz um bom caminho e uma diretoria que passou a nuvem de turbulência para, enfim, ter dias mais tranquilos. 2018 terá calendário cheio, mas não tão lotado como foi em 2017. A Pré-Libertadores pode ser complicada, mas também pode dar uma chance em mais uma Sul-americana, o que não é má ideia.

E a vida seguirá seu rumo, como dizem os mais experientes.


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