Tubarão e Criciúma pagam o preço da montagem de elenco mal feita

Gabriel Machado / Inter de Lages
É até surpreendente. Tubarão e Criciúma entraram na temporada prometendo desempenhos bem melhores. Mas acabaram escancarando a falta de qualidade e, hoje, figuram na zona de rebaixamento do Campeonato Estadual. Reflexos de escolhas erradas e, pior que isso, falta de movimentação para mudar a situação. O tempo não para, e daqui a uma semana já termina o primeiro turno.

O Tubarão foi derrotado pelos reservas da Chapecoense e já vinha mostrando fraquezas no seu elenco. Waguinho Dias parece ter esgotado as suas possibilidades e o time não rende. Depois do título da Copa Santa Catarina, acreditava-se em um salto de qualidade do clube, que não poderia se impressionar depois de vencer uma competição de baixo nível no final do ano passado. Não deu muito certo e o time, que só venceu o Criciúma (companheiro de fase ruim) e o fraco América de Natal (que demitiu hoje o técnico Leandro Campos), irrita o presidente Luiz Henrique, que não escondeu sua insatisfação às rádios do Sul. Vale lembrar que o gerente de futebol e responsável pelas contratações é Julio Rondinelli, de trabalhos muito ruins no futebol catarinense, culminando com o rebaixamento do Joinville para a Série C, com um elenco inchado e de baixa qualidade. O treinador é bom, mas deve cair em caso de derrota para o Avaí na segunda-feira.

Em Criciúma, tudo começou com Lisca, escolha arriscada, que não durou muito. O time teve troca de técnico e de executivo, precisando de uma reação pra ontem. O clube demora demais para anunciar um técnico novo, deixando o interino Grizzo com a bomba. Além do mais, contratações são necessárias. 

Vamos concordar que o Tigre não tem mais chance de chegar entre os dois primeiros da classificação geral que vão à decisão em jogo único. Logo, um clube desse investimento precisa iniciar urgentemente um replanejamento para não cair e, num passo seguinte, limpar a casa para a disputa da Série B. Diferentemente do seu rival de Tubarão, que luta por vaga na Série D e não tem vaga garantida na Copa do Brasil, o Tigre tem apenas uma missão nos próximos meses. Mas precisa se mexer. Não dá pra contar que o time não será rebaixado se não houver reação. Esse campeonato, diferente de outros anos, não tem um time do grupo dos pequenos que você pode taxar como favoritíssimo ao rebaixamento. Isso provoca ainda mais atenção.


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