Com expectativa alta e sem resultados, a crítica incomoda

Cenário desenhado: o Figueirense perdeu de virada para o Goiás voltando a jogar mal e mantendo o desmpenho ruim dentro do Orlando Scarpelli (é o 14o. melhor mandante, com apenas 4 vitórias em 11 partidas). Como tem um desempenho razoável fora (é o sexto melhor visitante), está a apenas 3 pontos do G4. Nada tão preocupante quanto no ano passado, quando o time ficou um bom tempo flertando com o rebaixamento.

O problema é que o time entrou numa queda delicada de rendimento, e tem ainda a questão dos atrasos salariais, que provocou uma reação do presidente Claudio Vernalha. O pessoal que entrevista está na obrigação de perguntar. Ele tem a opção de responder, sendo que vem reconhecendo o problema. Ele tem o poder na mão, referendado pelos conselheiros que aceitaram essa terceirização.

Carrego comigo um raciocínio há tempos: Vernalha já falou várias vezes em aportes para saldar salários atrasados e outras pendengas. Conclui-se, então, que ele não está dando jeito de colocar o clube na situação de se autossustentar. Será que nesse bolo há condição e caixa para ficar colocando, colocando e colocando mais dinheiro sem ter uma previsão de lucrar, ainda mais se o time não conseguir subir para a Série A? 

O sucesso do projeto é diretamente ligado aos resultados em campo e vejo problemas para o presidente. O elenco não é ruim para uma Série B. Milton Cruz ganhou um título estadual quando não era o favorito e oscilou na Série B. Queira ou não, está rondando o G4 com um tempo para tentar arrumar a casa para o chamado "Sprint Final". 

Mas a história dos salários vai continuar incomodando. Jogador, assim como qualquer trabalhador, tem direito a receber o que é combinado. Se receber em dia, tem condição de ser cobrado por o que rende em campo. O problema aqui é que no ano passado foi vendido um projeto moderníssimo de gestão que indicava que o Figueirense não teria problemas para ter um elenco qualificado para tocar suas atividades. Com os atrasos, somando com a revolta de dirigentes com as perguntas da imprensa, passa-se a impressão de que a atual gestão terceirizada não está conseguindo lidar direito com o abacaxi. Se tudo estivesse bem, considerando que os atrasos seriam rapidamente resolvidos, a situação seria tratada com certa tranquilidade.

A cobrança pelos resultados está aí. A Série B é um campeonato de baixa visibilidade e que não dá lucro. Sem acesso por mais um ano, é sinal de mais uma temporada dos chamados "aportes" para dar jeito nas contas. A operação de gestão do Figueira está entrando em problemas e não é necessário ser técnico ou estar lá dentro para notar isso. O nervosismo do sistema "defende atacando" nas entrevistas é apenas mais um sinal.




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