Top 10 dos Micos do Futebol Catarinense em 2018

Mais um ano está terminando e o Blog traz mais um dos seus tradicionais posts. Durante o ano, deixo aberto no meu computador um arquivo pra ir catalogando os micos do ano, com ajuda de muitos dos nossos leitores.

Muitos talvez nem se lembrem de alguns acontecimentos pitorescos de 2018, mas deixei guardado para relembrar nesta época. Será que o seu momento favorito está na lista? Vamos lá, para a lista dos micos do futebol catarinense em 2018!

 1- Time do Curitibanos: Esse mico não é exatamente engraçado, mas é grave e expõe a irresponsabilidade de pessoas que se dizem dirigentes de futebol em Santa Catarina. O time do Curitibanos, que manda seus jogos em Paulo Lopes, entrou para a história como o pior time profissional que já jogou um campeonato no Estado, com direito a sofrer a maior goleada da história de um campeonato catarinense: 19 a 0 para o Atlético Itajaí, com direito a jogadores chorando, briga no vestiário e uma importante ajuda do Marcílio Dias em oferecer um jantar para os atletas, que entraram em campo sem sequer almoçar. Antes, este mesmo time havia tomado de 14 a 0 para o Próspera. Entendi colocar esse fato na primeira colocação para mostrar que o futebol de Santa Catarina quer mostrar profissionalismo, mas esconde embaixo do tapete a bagunça das divisões inferiores. Em tempo: o dirigente irresponsável não foi punido e nada foi feito com ele.

2 - O Troféu de Campeão: o nosso estadual é pródigo em troféus feios: a Federação entrega ao patrocinador do campeonato o direito de confeccionar o troféu, e corre o risco de acabar tendo que entregar um souvenir ao invés de uma taça. Já tivemos carro de plástico, Policial de ferro, tampa de pepino e estátua da liberdade. O desse ano é mais uma obra prima: uma estrela de acrílico confeccionada pelo Angeloni, que recebeu apelido de "troféu de funcionário do mês". Com certeza, um item de mal gosto que não diz jus a um título de campeão estadual. Só dar uma olhadinha nos troféus dos outros estaduais. Vamos aguardar pra ver o que nos aguarda em 2019.

3 - Joinville: mais uma vez, o torcedor do tricolor da maior cidade do Estado acabou humilhado. E dessa vez, chegando à última divisão do futebol nacional. Com uma diretoria cheia de discurso mas sem nenhum conhecimento de administração no futebol, o JEC, com um time de baixíssimo nível, acabou rebaixado na Série C do Brasileirão, acumulando dívidas, vendo explodir o número de ações trabalhista e o torcedor desaparecer dos jogos na Arena Joinville. Algo inimaginável para alguém que há três anos estava na Série A.

4 - O carro-maca: Quando a fase não é boa, até o carro-maca ajuda a conspirar. Em Joinville, na partida contra o Avaí, na Arena, o veículo que serve pra transportar os lesionados atolou no meio do gramado. Apressados por causa do tempo (o jogo terminou 2 a 0 para os visitantes), os jogadores ajudaram a empurrar o carrinho pra fora. A cena viralizou e ficou marcada como mais um momento da era Rogério Zimmermann no clube, que não durou muito tempo. Muitos dizem que, se ele tivesse continuado, o final da temporada poderia ser diferente.

5 - Uh, Eletricista!: Mico que eu presenciei. No jogo Brusque x Ceará, pela Copa do Brasil, uma pane em um dos antigos postes de iluminação do estádio Augusto Bauer atrasou a partida em quase 2 horas, prejudicando a transmissão ao vivo da partida pela afiliada cearense da Globo. O defeito, conhecido há dias, não tinha sido solucionado. Com a hora do jogo chegando, a solução não aparecia. Houve até acidente de trabalho, com um eletricista tomando um choque e vindo a cair de altura considerável. Com o problema resolvido, já tarde da noite, a torcida em coro fez o grito de "Uh, eletricista!!". Em campo, o Bruscão perdeu por 1 a 0, acabou eliminado, teve que entregar 60% da renda para o Ceará e, mais tarde, foi multado pelo STJD.

6- Administração do Figueirense: por falta de tempo e muita sorte da diretoria do Figueira, a torcida poderia neste momento estar chorando uma queda para a Série C. A nova diretoria do clube deu aula de como não se administra o clube, mesmo conquistando o título estadual, supreendendo a Chapecoense dentro da Arena Condá. No Brasileiro, o time fazia campanha razoável com Milton Cruz, que dava conta do vestiário diante do atraso de salários. Ele acabou demitido e o time só despencou. Chegou o limitado Rogério Micale, que não tem um trabalho convincente em time profissional, e o time foi ladeira abaixo. Permaneceu na Série B, por pouco. O então presidente Cláudio Vernalha, que cansou de falar a palavra "aporte"e deixou funcionários em situação complicada, acabou afastado. Agora, um novo grupo tenta consertar o estrago.

7 - Carlos Alberto, a furada do ano: em Brusque x Concórdia, o inoxidável Carlos Alberto foi protagonista de uma cena histórica. Ao tentar um cruzamento pela direita, Carlinhos foi com vontade demais na bola e acabou cometendo um furo histórico que correu o mundo. Boa praça do jeito que é, ele deu risada da própria desgraça. Como o time ganhou o jogo, tava tudo certo. No final do ano, o volante foi dispensado pelo Brusque. A torcida até fez campanha pela permanência, mas a diretoria permaneceu irredutível.

8 - Os Caça-Cornetas: esse é o ano do JEC na lista. Eis que o clube teve uma "brilhante" ideia para perseguir os torcedores revoltados que desferiam a sua ira sobre o time, que só se recuperou no campeonato na reta final. Em uma conversa com a imprensa, o então gerente de futebol Carlos Kila revelou que o Joinville iria colocar câmeras nos jogos para filmar a torcida, com o objetivo de detectar os mais exaltados e convidar para uma conversa. O serviço chamado de "caça-corneta", pegou mal, como não poderia deixar de ser, e a diretoria tricolor teve que desmentir a toque de caixa. Kila seria demitido dias depois, junto com Rogério Zimmermann.

9 - Regulamento do Estadual: O mais engraçado sobre a questão do malfeito regulamento do Catarinense 2018 é que, depois de toda a comprovação do fracasso, ninguém quer ser o pai da criança.  Pior: o diretor jurídico da FCF, Rodrigo Capella, buscou caminhos legais para justificar uma mudança de regulamento no ano que vem. E teve mais: a Federação, sabedora que a Chapecoense teria Libertadores para jogar, colocou o time do Oeste para atuar três vezes em cinco dias, contrariando o regulamento que ela mesma publicou. Todos concordam que essa fórmula não deu certo. E não foi por falta de aviso lá no ano passado. Bateu o desespero na reunião do conselho técnico, que definiu uma tabela bem criativa: pega a desse ano, inverte o mando e tá tudo certo.

10- FCF proibiu faixas nos estádios de Santa Catarina: em maio, a FCF publicou em seu site uma determinação polêmica e que causou repercussão nacional: estava proibida a fixação de todo e qualquer tipo de faixa nos estádios catarinenses. Vendo o tamanho do erro que cometeu, os dirigentes do futebol no Estado mudaram a portaria, mantendo a proibição apenas para os dois confrontos entre Avaí x Figueirense, sob a desculpa de "melhor identificação dos torcedores". Mas a torcida ironizou a ridícula proibição: no primeiro dos clássicos, no Orlando Scarpelli, milhares de máscaras com o rosto de Marquinhos foram entregues aos torcedores avaianos.


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