Catarinense 2019: Avaí

AVAÍ FUTEBOL CLUBE
Fundação: 1 de setembro de 1923
Cores: Azul e Branco
Estádio: Aderbal R. da Silva - 18.000 lugares
Presidente: Francisco Battistotti
Técnico: Geninho
Ranking "BdR" 2018:  3o. lugar
Catarinense 2018: 6o. Lugar


O Avaí volta a Série A e inicia 2019 com uma proposta interessante, mas que corre alguns riscos. Em 2018, o time não fez um bom Estadual, contrastando uma excelente campanha como visitante, mas sendo um desastre dentro da Ressacada. Esse baixo rendimento como mandante também aconteceu na Série B, até certo ponto. Na reta final, o time começou a pontuar mais em casa, o rendimento fora continuou muito bom, e Geninho carregou o time para mais um acesso, com um time sem estrelas, mas muito trabalhador. Muito desse sucesso passa pelas mãos do presidente Francisco Battistotti, um homem de fala mansa que conseguiu matar no peito os problemas do clube e recebeu como prêmio, além da vaga na elite em si, um orçamento bem mais gordo para administrar. Mas foi só começar o ano que ele soltou a real: o time não vai fazer loucura no estadual, terá um time competitivo, mas sem queimar muito cartucho, já que a prioridade vai para o Brasileirão. Resumindo: ele não quer cobrança no catarinense. De certa forma, ele foi o primeiro dirigente a "desafiar" a lógica do estadual, e terá que enfrentar as pressões dos resultados que poderão não vir, e principalmente caso não consiga vencer os clássicos contra o Figueirense. Se ele conseguir colocar na cabeça da cornetagem que tudo é um estágio de prepração para o Brasileiro, terá demonstrado que sua palavra tem uma grande força.

O técnico Geninho ganhou a sua continuidade e tem pela frente todo um processo de retomada do time, com a chancela do presidente de que ele poderá usar o Estadual com tranquilidade para juntar velhos e novos jogadores em prol de um objetivo principal. Experiência não falta para o veterano treinador, que tem até título da Série A no seu currículo. Ele fez um time que não tinha um elenco tão espetacular e numeroso em um time conciso que conquistou um acesso sólido. E, para enfrentar a Série A fazendo parte do grupo de menor investimento, uma voz superexperiente pode e vai ajudar bastante.

Dentro desse processo de entradas e saídas, Geninho perdeu gente importante do seu time, como o goleiro titular Kozlinski, o volante Judson e o lateal Guga, além de Marquinhos, um líder do grupo, que se aposentou e, em breve, assumirá cargo de gerência dentro do clube. Chegaram jogadores que podem e vão agregar bastante para o Estadual e, dependendo do rendimento, conquistar seu espaço para o Brasileiro. Sào os casos do goleiro Lucas Frigeri, do meia Gegê, ex-Botafogo, dos laterais Julinho e Alex Silva e o atacante João Paulo. Não são medalhões, mas atletas que sabem que tem uma boa oportunidade em um time de elite.

Como o presidente falou, o Avaí não dá prioridade para o Estadual. Mas tem um time que facilmente pode se encaixar entre os quatro primeiros do campeonato, e é bom considerar que teremos semifinais nesta temporada. Muito jogador até se sente melhor em campo sem o peso da responsabilidade. Será interessante ver esse novo Avaí em um ano tão importante.

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