Catarinense 2019: Brusque

BRUSQUE FUTEBOL CLUBE
Fundação: 12 de outubro de 1987
Cores: Verde, Vermelho, Amarelo e Branco
Estádio: Augusto Bauer (particular, pertence ao CA Carlos Renaux) - 4.000 lugares
Presidente: Danilo Rezini
Técnico: Paulo Baier
Ranking "BdR" 2018: 6o. lugar
Catarinense 2018: 7o. Lugar

O Brusque entra na temporada 2019 ainda vivendo um pouco da ressaca do título da Copa Santa Catarina, conquistada nos pênaltis sobre o Hercílio Luz, em Tubarão. A conquista lhe garantiu a terceira participação seguida na Copa do Brasil (enfrentará o Atlético-GO), e um reforço de 500 mil reais no caixa. Passada a festa, o torcedor encheu o peito e até o assunto de um novo estádio voltou à pauta: o empresário Luciano Hang, das lojas Havan, parceiro de primeira hora do clube, foi até a área já comprada pela Prefeitura para a construção da Arena. De um tempo pra cá não se falou mais no assunto, mas o presidente Danilo Rezini trabalha com uma previsão bem otimista de que o Bruscão jogará no novo local em 2020, abandonando o velho Augusto Bauer, onde o clube precisa pagar aluguel ao Carlos Renaux para usar um local acanhado e com gramado regular. Ano passado, o time teve que ir jogar em São João Batista porque o estado do terreno no "Gigantinho" era lastimável. No final do ano, uma operação vai deixá-lo apresentável para o catarinense.

Antes mesmo da decisão da Copinha, a diretoria do Brusque já sabia que precisaria ir atrás de um outro técnico, conquistando ou não o título. O Caxias apareceu com uma boa proposta e Pingo, que tinha seu vínculo encerrando em novembro com o Brusque, ficou livre para trabalhar na Serra Gaúcha. Horas após a conquista em Tubarão, a diretoria confirmou a contratação do mito Paulo César Baier, de 44 anos, cuja carreira como jogador nem precisamos trazer aqui, de tão exitosa que foi. Seu nome apareceu de novo na vitrine quando aceitou treinar o Próspera, de Criciúma, na Série C do Catarinense. Conquistou lá o título, e recolocou o "time da raça" na segundona. Com currículo invejável como jogador, mas ainda incipiente como técnico, Baier foi a aposta do Brusque para apagar a má imagem do último estadual, quando escapou do rebaixamento na última rodada.

Para essa temporada, a diretoria não investiu muito em reforços, dando a impressão de que aposta na base campeã da Copa Santa Catarina para fazer um bom Catarinense. Mas essa base foi desfeita. Por exemplo, o clube não possui meias de armação, depois das saídas de Eliomar, Safira e Jean Dias. Dos remanescentes, a aposta é na dupla de ataque formada por Hélio Paraíba, de boas partidas em 2018 pelo Brusque e no Ypiranga, na Série C, e Jeferson Renan, atacante de atuações pobres no Estadual, mas que encontrou o caminho do gol na Copa SC. Da leva de reforços, destacam-se o veterano goleiro Zé Carlos, ex-Avaí e Criciúma, o zagueiro Douglas Silva, que retorna ao time depois de uma passagem apagada no Metropolitano, e o centroavante Isac, ex-Remo e Ferroviário, que teve uma interesante passagem em Santa Catarina, no Internacional de Lages. A diretoria diz que vai atrás de mais três jogadores, mas tento imaginar onde, já que os jogadores que podem agregar já estão contratados em outros clubes.

Não hesito em dizer que o Brusque aproveitou mal a janela de contratações. Talvez por acomodação, a diretoria tentou contratar após a final da Copinha. Vieram jogadores do Próspera, Blumenau e até da Caçadorense, que no máximo comporão elenco. Se num passado não muito distante o trabalho de montagem de time foi bem feito com Leilson, Assis, Eliomar, Jonatas Belusso, Michel Douglas e Ricardo Lobo, o mesmo não dá de dizer do Bruscão 2018, que iniciará o campeonato sem um meia de armação no plantel. Para um time que jogará a Copa do Brasil e que passou um grande susto no ano passado no Catarinense, apostar em um time incompleto e numa base da Copa Santa Catarina é algo bastante perigoso.

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