Catarinense 2019: Figueirense

FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE
 Fundação: 12 de junho de 1921
 Cores: Preto e Branco
 Estádio: Orlando Scarpelli (particular) - 19.908 pessoas
 Presidente: Cláudio Honigman
 Técnico: Hemerson Maria
 Ranking "BdR" 2018: 2o. Lugar
 Catarinense 2018: Campeão



O Figueirense entra em 2019 sob um lema: reestruturação. O título catarinense, conquistado com valentia na decisão em Chapecó, acabou totalmente ofuscado pelas trapalhadas no segundo semestre. Erros de gestão acabaram com que uma situação ruim, porém administrada, terminasse em um barco à deriva que por muito pouco não acabou em rebaixamento para a Série C. O clube então comandado por Cláudio Vernalha começou a fazer água a partir da demissão de Milton Cruz, que dava conta do vestiário mesmo diante dos atrasos salariais (o técnico foi profético ao falar que a diretoria teria dado um "tiro no pé"). Veio Rogério Micale, que deixou a coisa degringolar de vez. Menos mal que o time permaneceu na Série B, mesmo em meio a uma enxurrada de problemas. Com a situação quase fora de controle, com jogadores conseguindo liberação pela justiça e cobranças cada vez maiores, Vernalha foi afastado e Cláudio Honigman assumiu a presidência, com a ordem de reduzir substancialmente os gastos e comandar um processo de arrumação da casa, algo obrigatório, antes que o clube quebrasse de vez.

O time tinha uma folha de pagamento de R$ 1,2 milhão mensais, e nesse início de ano, a ordem foi diminuí-la para R$ 500 mil. Além da parte financeira, o Figueirense tem outro problema pra enfrentar, que é a revolta da torcida, que gastou a voz protestando, ouvindo as promessas dos tais "aportes" e vendo a coisa ficando cada vez mais preta. A opção pelo técnico Hemerson Maria foi certeira por vários motivos: é um técnico competente, sabe fazer bons times sem tantos recursos e tem uma moral enorme com o torcedor, tanto que foi usado como garoto-propaganda em inserções na televisão justamente pra iniciar essa "limpeza" de imagem. Maria já foi campeão estadual e brasileiro da Série B, e vem de trabalho interessante no Vila Nova, onde fez o time brigar pelo acesso.

Dentro dessa nova filosofia, o time montado para 2019 é jovem, com média de 23 anos. Jogadores subiram da base e muita gente foi embora, caso do atacante Elton, cujo salário combinado com premiações representava uma grande parte da folha. Entre as novidades, destaque para o volante Julio Rusch, vindo do Coritiba, o atcante Yuri, emprestado do Botafogo, o meia Alípio, do Tombense, e o goleiro Matheus Vidotto, do Coritnthians, que chega para disputar posição com Denis.

Ainda que seja o atual campeão, o time do Figueirense vai passar por reconstrução durante o Campeonato Estadual. A nova filosofia de gestão, inclusive, prevê a separação de parte do que for arrecadado para o pagamento das "pendengas", enquanto o time vai se estruturando. Obviamente que o time tem condição total de chegar entre os quatro semifinalistas. Se vai ter condição de brigar pelo título, só o tempo dirá. O mais correto seria não fazer cobrança, já que a meta é a Série B. Mas sabemos que em uma situação de campeonato catarinense, as coisas não funcionam bem assim, principalmente nos clássicos.

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