Catarinense 2019: Marcílio Dias

Abrindo o ano, mais uma tradição aqui do Blog. A cada dia, traçaremos aqui o perfil de cada um dos dez times do Campeonato Catarinense 2019. Resumo da temporada, curiosidades e reforços estarão abordados aqui. Espero que gostem.

Abrindo os trabalhos, o vice-campeão da Série B do Estadual e que retorna depois de um bom tempo à primeira divisão, o quase-centenário Marcílio Dias.



 
CLUBE NÁUTICO MARCÍLIO DIAS
Fundação: 17 de março de 1919
Cores: Azul e Vermelho
Estádio: Dr. Hercílio Luz (particular) - 10.000 lugares
Presidente: Lucas Brunet
Técnico:  Waguinho Dias
Ranking "BdR" 2018: 9o. lugar
Catarinense 2018: Vice-campeão da Série B



Finalmente, o Marcílio voltou à primeira divisão do Estadual. Depois de três anos seguidos na segunda divisão, onde colecionou problemas nesse período e iniciou um processo de construção sob novo comando, o rubro-anil de Itajaí, que completará cem anos de existência em março próximo, vem com um trabalho de resgate bem interessante para sua volta à elite. O estádio está reformado e, em breve, receberá gramado sintético (a prefeitura já licitou e até queria implantá-lo em janeiro, mas um problema com o processo empurrou a instalação para depois do campeonato). Já teve abertura de Pub no Estádio e os uniformes do centenário ficaram bem legais. Digno de registro o mérito ao jovem presidente Lucas Brunet, literalmente o torcedor que desceu da arquibancada para comandar o clube do coração, que assumiu a barca em situação crítica, fruto de uma irresponsável gestão anterior, para colocar ordem na casa.

O time conseguiu o acesso sem sustos. Teve uma troca de técnico ainda no início, quando o time demorou para engrenar. Renê Marques foi demitido e veio Waguinho Dias, que conduziu o time à primeira divisão com uma campanha consistente na fase de classificação e no mata-mata contra o Fluminense. Não conseguiu o título (conquistado em Itajaí pelo Metropolitano), mas teve sucesso em seu objetivo principal. Treinador de sucesso reconhecido no Estado, nas suas passagens pelo Inter de Lages e Atlético Tubarão, Waguinho é o nome certo para comandar o navio marcilista. Seu retrospecto mostra que, além de competência, tem capacidade de fazer um time sem grandes investimentos ser competitivo.

Mas a vida não tem sido tão fácil para a diretoria marcilista, e aqui vai uma corneta: uma cidade como Itajaí, a segunda mais rica do Estado, tem um empresariado com condição de trazer um apoio mais forte ao clube da cidade na primeira divisão. Esse orçamento apertado tem trazido dificuldades: por exemplo, dois jogadores que foram destaque no ano passado, Leo Rigo e Artur Feitosa, foram embora por causa de propostas melhores de fora. Leo Rigo chegou a renovar, mas uma cláusula contratual acabou o liberando para o Bragantino. Mesmo assim, a diretoria vai se virando. Manteve jogadores como o experiente zagueiro Rogélio, ex-Avaí e Criciúma, e o craque do time, Juninho Tardelli, de 35 anos, irmão mais velho de Diego Tardelli. Da leva dos reforços, destacam-se o volante Luanderson, do Almirante Barroso, o meia Jean Dias, ex-Brusque, o também meia André Mensalão, ex-Metropolitano, e o lateral Luiz Renan, ex-Brusque.

Time que vem da segunda divisão em SC não tem Série D para jogar, e, logo, tem de cara um problema, que é a certeza de que o time estará em campo por três meses. Isso é um complicador na busca por atletas no mercado. De toda forma, o Marcílio entra em mais um Estadual com a responsabilidade de fazer bom papel no ano do seu centenário e se manter na primeira divisão. Se seu elenco não tem nomes assim conhecidos, a experiência de Waguinho Dias pode fazer a diferença. Ele já mostrou que sabe.




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