O Avaí é campeão, em um jogo que lembraremos do último lance

Frederico Tadeu / Avaí FC


Acabou o jogo e só se fala se o chute de Bruno Pacheco entrou ou não. Respeitando quem diz sim ou não (eu acho que entrou e o árbitro Bráulio Machado, quem manda no jogo, deveria ter ido no monitor ver pessoalmente o lance), o resultado foi decretado e o Avaí, time de melhor campanha na primeira fase, leva o título em uma disputa de pênaltis decisiva que só tinha acontecido uma vez na final do catarinense, há quase 70 anos, numa final entre o América de Joinville e o Paula Ramos de Florianópolis.

O jogo mesmo só começou aos 40 minutos do primeiro tempo, quando Régis acertou uma pedrada lá de longe pra fazer um golaço. Aquele jogo modorrento de dois times com medo de perder e sem vontade pra ganhar duraria, na verdade, pouco mais de 50 minutos. Foi a partir do intervalo, com as primeiras mexidas de Geninho e a resposta de Ney Franco, que a decisão realmente virou coisa pra valer. Num primeiro momento, a Chape ficou atrás aceitando pressão, para depois acontecer um ajuste na entrada de Amaral no lugar de Régis.

Mas a partir do lance em que Douglas evitou um gol avaiano certo, o cenário mudou. A torcida acordou e o Leão resolveu pressionar, principalmente na bola aérea, já que o espaço pelo meio não existia pela boa disposição tática do time de Ney Franco. Alex Silva, que apareceu no time minutos antes do apito final, foi lá e empatou a partida.

Na disputa de pênaltis não tem muito o que comentar. Todos só falam da cobrança de Bruno Pacheco, se teria ou não entrado, e vão falar por anos. Daqui a muito tempo, vamos lembrar da final de 2019 como aquela que o VAR demorou pra se definir, não há concordância sobre o que é certo e o presidente da Chape foi no dia seguinte na FCF pedir a anulação do jogo.

Certo é que o título foi aparecendo para o Avaí.

Voltando no tempo: lá em janeiro, o presidente Francisco Batistotti disse, com todas as letras, que o torcedor não deveria cobrar resultado no Estadual. O efeito disso foi positivo, pois reduziu a pressão, fez com que Geninho pudesse trabalhar em paz e o time mostrou resultado, com uma impressionante campanha na primeira fase, levando a semi e a final para casa, onde acabou tendo felicidade nos pênaltis contra Criciúma e Chapecoense.

Termina o estadual, mas vem uma cobrança ainda maior: O Brasileirão. Não é novidade pra ninguém que o nível técnico deste campeonato estadual ficou muito a dever, e a velha máxima de que "catarinense não é referência pra nada" está mais vivo do que nunca. O Avaí ganhou a disputa regional, e agora, junto com Chape, Criciúma, Figueirense e os da Série D, precisam se preocupar em evoluir muito mais.


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