Não é a mesma coisa

Matheus Dias / FFC

No primeiro jogo após o "retumbante" anúncio do pagamento de salários atrasados por parte da diretoria do Figueirense (ainda que muita coisa dessa administração ainda esteja pendente), o time foi a campo dentro de casa e acabou perdendo para o Guarani com um gol escandalosamente irregular, num impedimento na cara do assistente.

Sim, nesse aspecto a derrota foi injusta, mas o time alvinegro não fez absolutamente nada em campo para tentar mudar sua sorte. Faltou qualidade técnica, faltou preparo físico, faltou alma dentro do gramado.

Não consigo imaginar um ambiente "tranquilo" dentro de um clube depois de todo o desgaste que aconteceu, com jogadores expostos, uma diretoria que se manteve distante e um técnico que até agora não apresentou nada. Assim como em uma empresa, é impossível imaginar que o ambiente esteja alegre e tranquilo depois de tanto estresse. Não tem motivador que resolva.

E nessa esteira de maus resultados, o Figueirense já vê a turma de cima abrindo distância e o Z4 chegando mais perto. Hoje, a situação é mais para evitar rebaixamento do que sonhar com algo mais alto. Com um ambiente ainda turbulento, fica difícil imaginar uma melhora de cenário. Os reforços que chegaram em meio à tempestade não me parecem soluções. O tempo, a conduta da diretoria e o trabalho de Vinícius Eutrópio, que até agora não conseguiu fazer o time jogar a contento, são os fatores a serem considerados.

Bom lembrar que, se a diretoria diz que pagou os salários atrasados na quarta-feira como a solução de tudo, ela tenta limpar a roupa com tira-mancha de quinta. Tem muita coisa ainda pendente, como por exemplo as rescisões daqueles funcionários que foram mandados embora e não receberam o que lhes é de direito. Mas como essa diretoria da Elephant não gosta de se comunicar, e tampouco colocar a cara a tapa para o debate, o silêncio é considerado como resposta deles.