Top 10 dos Micos do Futebol Catarinense em 2019

Mais um ano está terminando, e o Blog traz mais um dos seus tradicionais posts. Durante o ano, deixo aberto no meu computador um arquivo pra ir catalogando os micos do ano, com ajuda de muitos dos nossos leitores, que são decisivos para a escolha dos dez melhores (ou piores) momentos do futebol catarinense, em um ano difícil, cheio de notícias ruins nos nossos clubes.

Muitos talvez nem se lembrem de alguns acontecimentos pitorescos de 2019, mas deixei guardado para relembrar nesta época. Será que o seu momento favorito está na lista? Vamos lá, para a lista dos micos do futebol catarinense em 2019! Esse ano teve bastante coisa!


1) Claudio Honigman e a Elephant: não há como esse senhor não figurar no topo da nossa lista anual. A Elephant chegou ao Figueirense com promessa de colocar o clube até na Libertadores. Quem assistiu ao vídeo da entrevista do então presidente Wilfredo Brillinger prometendo mundos e fundos ao torcedor, e dizendo que o clube estava sendo colocado nas mãos de gente competente, não sabia o que o futuro reservava. Eis que 2019 detonou a maior crise da história quase centenária do Figueira, com falta de dinheiro, WO, promessas não cumpridas e dinheiro que sumiu do caixa. O responsável foi Honigman, que chegou a entrar no ar em emissora de rádio pra fazer monólogo, pressionou para demissão de jornalista e mostrou que, no fundo, não conhece absolutamente nada de futebol e tampouco tinha todo o conhecimento alardeado por quem o ajudou a colocar dentro do clube. Não é um mico engraçado, mas é um aviso para que situações assim não se repitam.

2) A "comemoração" do rebaixamento: O Avaí teve a pior campanha de um time catarinense na história da Série A. Venceu apenas três partidas e tomou 64 gols. Um time que não empolgou desde o início, mostrou sua fraqueza técnica e os diversos erros durante o caminho na sua organização e falta de competência na ida ao mercado. Não bastasse isso ser um mico gigante, um momento em especial ficou marcado em 2019: após o empate contra o Cruzeiro que sacramentou o rebaixamento do Leão para a segunda divisão, o então técnico Evando comemorou efusivamente o resultado com os reservas. Uma cena que ficou registrada e que se transformou na marca de um Brasileirão para esquecer.

3) Jaime Dal Farra e o rebaixamento do Criciúma: sem dúvida alguma, o Criciúma tinha para a Série B uma das seis ou sete maiores folhas de pagamento. Jogador experiente não faltava no time, como Leo Gamalho, Wesley e o goleiro Luiz. Gastando a esmo, sem fazer trabalho de mercado e trocando treinador sem qualquer critério, o Tigre retorna à Série C com todo o merecimento. Foram cinco técnicos no ano: começou com Doriva, veio Gilson Kleina, o interino Vilsão (o único que conseguiu dar um mínimo de padrão ao time), Waguinho Dias (que não ficou um mês no comando) e, por fim, Roberto Cavalo, com um discurso motivador que nada resultou em campo. O Criciúma terá uma temporada dificílima pela frente, mas poderia ter um cenário melhor se o comando do futebol não tivesse errado tanto.

4) As loucuras da diretoria da Chapecoense: A Chape entrou em 2019 com uma situação financeira considerada ate confortável, se comparando com outros clubes por aí. Mas o ano começou, e tudo o que aconteceu em outros anos, principalmente no aspecto bom uso do dinheiro, ficou pra trás. A diretoria comandada pelo hoje ex-presidente Maninho de Nes, perdeu a mão na ida ao mercado, pagando salários altos para jogadores nem tão bons assim (você pagaria salário de seis dígitos para Gum?) e teve que ir pro desespero quando os resultados não apareceram no Brasileiro, criando um cenário de endividamento que faz com que a nova diretoria tenha metas bem mais modestas para 2020, nem prometendo muito resultado.

5) A venda do mando de campo: com um argumento muito frágil da falta de um gerador (e que foi facilmente desconstruído dias depois), o Avaí vendeu o mando de campo da partida contra o Flamengo para Brasília, deixando torcedores revoltados. Foi um ano em que o Leão mais se preocupou em pagar conta do que em montar time. Uma dos fatos marcantes da temporada foi fazer algo que nenhum clube catarinense jamais fez, desrespeitando o torcedor que vai ao estádio debaixo de chuva, em jogo ruim, tirando a partida contra aquele que seria o campeão brasileiro de dentro da Ressacada. Nem esboçaram um soco na mesa pra reverter a situação. Meses depois, o Grêmio faria um jogo em Caxias do Sul e o Palmeiras jogaria em Campinas em estádios sem as tais condições exigidas para a Série A. Aí ninguém falou nada.

6) O WO em Cuiabá: A crise vivida pelo futebol catarinense foi escancarada nacionalmente no dia 20 de agosto, quando os jogadores do Figueirense, cansados de ouvir promessas de um presidente sumido, não entraram em campo para enfrentar o Cuiabá, algo jamais presenciado na história do Brasileirão em anos. A cena ficará marcada para sempre, e foi o estopim para o desencadeamento das mudanças que, em grande parte empurradas pela torcida, acabaram salvando o time do rebaixamento.



7) Joinville, time que não vencia, e resolveu pagar bicho para empatar: O JEC teve uma temporada para esquecer, fazendo um estadual fraco, sendo eliminado na primeira fase da Copa do Brasil e da Série D. A diretoria tricolor, durante o Estadual, resolveu inovar, pagando premiação para que os jogadores empatassem contra Avaí e Figueirense. Nem é preciso dizer que a torcida não gostou. Quem deu com a língua nos dentes foi o então técnico Zé Teodoro, um dos mais fracos da temporada. Declarou que os jogadores estavam interessados no "bicho pequeno˜, ao invés do "bicho maior".

8) Pedro Rocha: o ex-repórter da NSCTV Chapecó foi ao ar ao vivo no Jornal do Almoço para ironizar sobre a polêmica final do campeonato catarinense, onde o Avaí sagrou-se campeão nos pênaltis com um pênalti polêmico que teve auxílio do VAR (e cujo estagiário da sua emissora levou 3 minutos pra exibir o replay para esclarecer ao telespectador o que estava acontecendo). Segundo ele, o Avaí estava lá embaixo e a Chape "crescendo". Bom, todos sabem o que aconteceu. A Chape não cresceu coisa nenhuma, acabou rebaixado, e o Cruzeiro, seu time do coração, entrou no mesmo elevador para a Série B.

9) A porta-rodo: o pessoal do Hercílio Luz arrumou um jeito para tirar o excesso de água do gramado do estádio Aníbal Costa na partida contra o Criciúma, que decretou o rebaixamento do clube para a segunda divisão. Na falta de algum instrumento para varrer a água pra fora, funcionários dos clube descolaram uma porta que foi usada como rodo.




10) Estagiário errou na digitação: o mico que fecha a lista de 2019 aconteceu justamente no jogo de abertura do campeonato estadual, entre Brusque e Joinville, no Augusto Bauer. O pessoal chegou no estádio e notou algo estranho: o estagiário da FCF arrumou um "Catarininense",  na placa oficial do campeonato.


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