Catarinense 2020: Juventus

A partir de hoje, o Blog inicia a sua tradicional série com os perfis dos dez times que disputarão o Campeonato Catarinense de 2020. A cada dia, um participante será destacado aqui.

A gente começa a série com o Juventus, o time que ficou em terceiro lugar na segundona mas subiu graças à desistência do Barroso, que por sua vez, tem jogadores que são a base do time de Jaraguá. Entenda a história:

GRÊMIO ESPORTIVO JUVENTUS 
Fundação: 1o. de maio de 1966 
Cores: Grená, Preto e Branco 
Estádio: João Marcatto - Particular (7.000 lugares)  
Presidente: Cristiano Humenhuk
Técnico: Jorginho
Ranking "BdR" 2019: 15o. Lugar 
Catarinense 2019: 3o. lugar na Série B



O moleque travesso da simpática Jaraguá do Sul está de volta para a primeira divisão, mesmo sem ter conseguido o direito de conquistar o acesso no campo. Explica-se: o Almirante Barroso sagrou-se campeão da Série B de 2019, mas dias depois comunicou à Federação que estava desistindo de disputar a primeira divisão por não conseguir dar um jeito de cumprir as normas de instalações no acanhado estádio Camilo Mussi. Depois de muitos rumores, até de venda de vaga, a FCF comunicou que o Barroso tinha realmente desistido da vaga conquistada e o Juventus, terceiro colocado na última segundona, estava sendo chamado. Não houve surpresa do lado de Jaraguá, até porque já estava sendo colocada em ação uma parceria com o time de Itajaí, que levou pro João Marcatto quase todo o time titular, mais o gestor de futebol Renê Marques, ex-goleiro que foi treinador do time itajaiense e, mais recentemente, ocupava cargo na direção do futebol do clube.

Mas esse time "híbrido", se é que dá pra usar esse termo, tem um treinador relativamente conhecido e que tem passagem pelo futebol catarinense: trata-se de Jorginho "Cantinflas˜, de 54 anos, ex-volante de Portuguesa, Palmeiras, Santos e outros clubes do futebol nacional, vindo a encerrar carreira em 2002, no Avaí. Campeão da Copa Conmebol por duas vezes e, já como técnico, da Série B de 2011 pela Lusa, o treinador que já passou pela Chapecoense em Santa Catarina traz um quê a mais com o seu currículo para treinar o time de Jaraguá. Recentemente não colecionou trabalhos expressivos, tendo ficado sem emprego por quase 2 anos, depois de deixar o Água Santa em 2018.

A parceria Juventus e Barroso fica muito nítida quando falamos do time titular. O goleiro Hudson Jr, o experiente zagueiro Rogélio e o campeão da Série B pelo Joinville Fabinho estão lá presentes. Também estão no elenco o atacante Juliano Levak, ex-Marcílio Dias, e o zagueiro Junior Fell, ex-Metropolitano. Mas o destaque do time vai para um jogador que foi tratado como "misterioso" pela diretoria do tricolor jaraguaense. Por um bom tempo,  o clube divugou uma silhueta como sendo a contratação bombástica do ano. Em um evento para a imprensa, o nome foi divulgado: era Régis, 30 anos, ex-lateral do São Paulo (e, pra quem não sabe, teve passagem pelo Marcílio em 2012). Ele teve um ano de 2019 bem complicado: foi demitido do CSA por ter se envolvido em uma confusão num motel e preso por embriaguez no volante e posse de drogas em Sorocaba. Ganhou uma segunda chance do time do São Bento, mas acabou fugindo da clínica de reabilitação a qual fazia tratamento. Não é propriamente um exemplo para a juventude, mas é a aposta que o Juventus faz em dar mais uma oportunidade ao jogador, além de, possivelmente, chegar a Jaraguá com um valor mais baixo.

O time do Juventus não tem estrelas. Partiu da base de um time de segunda divisão, fez contratações, e agora aposta que Jorginho vá fazer esse time render para, pelo menos, se manter na elite de 12 times para o ano que vem. Não é o melhor time que o Moleque Travesso montou nos últimos anos, mas diante do cenário, acredito que é o melhor que podia ser feito.



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